Pastor esquerdista pede o fim dos programas evangélicos na TV urgentemente.
O pastor Henrique Vieira é atualmente ligado ao PSOL
Pastor esquerdista pede o fim dos programas evangélicos na TV urgentemente. O Brasil é um país majoritariamente cristão, sendo assim, é comum vermos na maior parte das emissoras de TV, programas destinados a fé, que geralmente são apresentados por pastores e padres. Esses líderes possuem um grande poder de influencia sobre a sociedade como um todo , pois o que eles falam durante as gravações é reproduzido para milhões de pessoas instantaneamente e de maneira simultânea.
Entretanto, o pastor Henrique Vieira (PSOL), afirmou ser contrário à exibição de programas de cunho evangélico na TV. Ele dirige a Igreja Batista do Caminho, localizada na cidade de Niterói (RJ) e se autointitula como um “defensor das causas progressistas”.
De acordo com ele, as lideranças cristãs atuais são conservadoras demais,“que se distanciam muito da beleza e do caráter generoso do evangelho de Jesus”, afirmou.
“Temos [na Igreja Batista do Caminho] um grupo de mulheres que estudam e fazem teologia feminista, e agora um grupo ao qual demos o nome de ‘Um novo homem possível, desconstruindo a masculinidade tóxica’ – sempre a partir da teologia, da Bíblia”, afirmou, exemplificando sua atuação religiosa com viés progressista.
“existe um referencial evangélico hegemônico que é de fato preocupante, já que algumas denominações se tornaram gigantescas. Refiro-me a algumas lideranças com muito poder econômico, político e midiático. São pessoas que têm uma enorme capacidade de reverberar aquilo que dizem e acabam sendo a principal referência do que é ser evangélico”,afirmou ele, ao explicar como era atuar em meio religioso tendo a visão de um esquerdista militante.
“Não gosto de ser colocado como um pastor exótico. […] Sou de uma linhagem comprometida com a causa da justiça social, do respeito à diversidade, do diálogo ecumênico inter-religioso, da busca pelo bem comum”, disse ele, ao falar um pouco mais de si mesmo durante a entrevista concedida ao jornal Estadão.
O pastor falou ainda sobre a imunidade tributária, um tema bem comum e polêmico no meio das igrejas.
“A previsão constitucional de não cobrar imposto do que não tem natureza lucrativa me parece razoável. O que algumas igrejas fazem é outra coisa. Acho que deveria haver uma auditoria sobre alguns empreendimentos de fé que operam numa lógica mais mercadológica e de lucro do que de um serviço comunitário”, disse ele.